Juma Lodge

Oi Ricardo!

Inicialmente, muito obrigado pela sua ajuda. Como já comentei anteriormente, a atuação da Viverde foi excelente, dando dicas e nos ajudando, de forma honesta, a escolher a melhor alternativa entre os 11 hotéis possíveis.
Destaco um ponto positivo: a rapidez na resposta das mensagens. Houve momentos em que chegamos a trocar 5 ou 6 emails em menos de 2 horas – e isso facilita muito a vida do turista. Houve outra agência, por exemplo, que levou pouco menos de dois dias para responder ao meu primeiro contato.

Sobre a viagem em si: fantástico! Boa parte dos brasileiros que conheço prefere ir para Paris, Londres ou Nova Iorque em vez de ir conhecer seu próprio país. Isso é compreensível em parte, porque devido à dificuldade de acesso a viagem à selva não é barata. No entanto, é mais em conta que uma viagem à Europa, e com tempo de traslado similar.

Mas, uma vez que você vai conhecer a selva amazônica … fica se perguntando: porque não estive aqui antes?!?

Trata-se do pulmão do mundo, de um lugar que te dá esperança de que ainda temos chance de salvar o planeta. O modo de vida local é no mínimo uma boa referência para uma vida sustentável de respeito aos outros seres. Paisagens belíssimas, ar puro, vida simples, mas saudável, confortável (há mais mosquitos no Rio de Janeiro do que no Juma Lodge, e não há comparação com Búzios, Angra dos Reis ou Ilha Grande!)…

Entrando em detalhes sobre o Juma Lodge:
– Guia: o nosso nobre João baixinho dá uma aula de como ser um guia perfeito. Conhece tudo da mata, para quando tem que parar, dá aulas, explica tudo com muita calma – em português e inglês fluentes – com grande segurança, é espirituoso, e sabe dar espaço ao turista quando percebe que ele quer ficar “mais na sua”. Outra grande qualidade: sabe dizer “não sei”. Isso ocorreu bem poucas vezes, mas quando o turista é mala, pergunta qualquer coisa … e aí, em vez de inventar, prefere falar a verdade. Nota 10 para o João!

– Barqueiro: ficamos com o Paulo, bem mais tímido que o João, mas também nota 10! Um poço de conhecimento – fala pouco mas quando o faz vai ao ponto – super prestativo… ótimo!

– Acomodações: demos sorte de pegar um bangalô que tinha um sistema de aquecimento solar em teste. Água morna no banho! O quarto é bem privativo, afastado dos demais bangalôs, conferindo total privacidade ao hóspede. Tudo limpo, sem goteiras devido ao ótimo teto de folhas de sambaúba ao modo indígena, confortável, com vários locais para pendurar a roupa (invariavelmente molhada!), e com um bom banheiro e um ótimo chuveiro.

– Refeições: diariamente havia saladas, sopa, 2 ou 3 acompanhamentos, 2 opções de carne/frango e peixe, frutas diversas, 2 sucos e uma sobremesa doce (pudins, doce de maracujá etc). Tudo sempre bastante saboroso. No início pensei que os horários de refeição seriam apertados – somente 1 hora por refeição, com café das 7 às 8, almoço das 12 às 13 e jantar das 19 às 20. Mas não houve qualquer problema quanto a isso; sempre que necessário esse horário foi estendido.

– Passeios: muito bons. Caminhadas na selva, focagem de jacaré, pesca, almoços na selva … O importante aqui era ter a expectativa, e gostar, de ouvir o(s) barulho(s) da selva, de apreciar a natureza, de buscar entendê-la, de ver como a selva oferece diversas soluções naturais à vida de homens e animais. Há turistas que vão esperando ver onças, gorilas, bichos-preguiças, cobras e se decepcionam quando isto não ocorre. Se este é o seu caso, não vá. Opte por visitar um zoológico.

– Hotel: é um charme. A localizações do hotel, 100% em palafitas, é fantástica, aconchegante e totalmente integrada à selva. Fiquei num bangalô mais afastado, e diariamente a caminhada até o quarto apresentava uma novidade. Num dia vi um lagarto, no outro uma aranha colorida, num outro um esquilo voador. Encantador. Mas é preciso estar com o espírito adequado. Se você espera água gelada, televisão, telefone e ar-condicionado, está indo para o lugar errado.
Um nota especial para a Cida, “Manager” local: sempre proativa para perguntar como estão as coisas, se tudo está a contento, bem como para conversar e bater papo. Ótima.

– Traslado: é um passeio incluído no preço. Encontro das águas, o primeiro contato com a selva dentro da Kombi, a navegação em seguida pelos igapós e igarapés que nos conduzem até o hotel: um primeiro contato inesquécível! Tivemos um problema no caminho de retorno (quebra do motor de partida da Kombi). Uma outra Kombi foi providenciada em menos de 15 minutos, resolvendo a situação. Em todas as conexões (Aeroporto-Hotel, Hotel-Porto, Porto-Kombi, Kombi-Barco, Barco-Juma, e tudo isso na volta novamente) não houve nenhum atraso.

– Manaus: a cidade de Manaus, infelizmente, é a parte baixa da viagem. Tem aspecto sujo e mal cuidado, com alguns pontos turísticos interessantes, como, é claro, o Theatro Amazonas, que possui uma belíssima história. Aliás, como os próprios ribeirinhos dizem, é bem mais fácil pegar dengue, febre amarela ou outro negócio qualquer em Manaus do que na selva…
E é tudo um pouco longe, e o táxi até o aeroporto varia de R$55 a R$ 75, dependendo de onde você esteja hospedado. Estes preços são tabelados pela Prefeitura – mas pechinche com o taxista, que você pode conseguir um desconto.

Bem, escrevi demais, Ricardo! Se continuar você vai ter que editar para colocar no site …

Grande abraço! E novamente obrigado pela ajuda…
Hugo e Ana Luisa