Hotel Park Suites / Acajatuba Lodge

Olá Ricardo,
Sim, chegamos finalmente, mas a viagem é muito cansativa. Saímos do hotel em Manaus à 1.30 da manhã para chegar a Bruxelas às 14 do dia seguinte, ou seja 37.5 horas de viagem. Parece que tínhamos ido ao fim do mundo. Ainda não recuperámos completamente.
Quanto à roupa, nada. Estava à espera de amanhã (faz uma semana) para falar com a TAM. Não tenho esperança nenhuma, mas como a história me saiu cara, quero, nem que seja uma indeminização simbólica. Comprei, logo à chegada, 2 t-shirts e cuecas para mim e para o Pedro, no hotel, que custaram uma fortuna. No dia seguinte fui a Manaus comprar o resto que já custou muito menos. Mas nem um gesto comercial da TAM (teria sido bonito, no regresso darem-nos uma “executiva” como aqui se faz. Ao contrário, ninguém nos facilitou a vida e até nos deram lugares separados no regresso, estando eu duas horas antes a fazer o check-in e sem bagagem. Enfim…
Quanto à viagem propriamente dita, correu bem.
O Tropical Business é realmente bom em qualquer parte do mundo. Aquela piscina é demais. Eu, que não gosto de piscinas, passei lá o tempo quase todo (vimos um pôr do sol único). O pessoal é muito atencioso e simpático também. No regresso do Acajatuba o Pedro nem do quarto quis sair para compensar e gozar do conforto.
O Acajatuba também cumpre a sua função de hotel de selva, com as suas aranhinhas e rãs no quarto, e as casa de banho rústicas. Os bichinhos até são engraçados. Ao contrário daquelas “paredes” (folha de papel?) no bungalow a separar os quartos que são verdadeiramente horríveis. Ouve-se TUDO dum quarto para o outro, o que é bastante incómodo e inconveniente, para não dizer mais.
O pessoal é uma maravilha, aliás todos os brasileiros com quem nos cruzámos o eram. O Pedro divertiu-se à brava, fez peladinhas (no jogo que ganharam por 3, foi ele que marcou 2 golaços!) com eles, brincou imenso com os macaquitos que eles lá tinham. Gostei dos passeios nos iguapós, o Pedro preferiu a pesca à piranha. A caminhada na mata acabei por não a fazer. Tinha chovido na véspera e o chão estava todo lamacento. Eu preferi não correr riscos, embora eles tivessem feito dois paus para me ajudar a caminhar. A viagem a Nova Airão é um pouco longa demais, tendo sido compensada pelo mergulho com os botos (passei 2 horas naquela àgua suja, a brincar com eles…).
Quanto a Manaus fui lá duas vezes, no inicio e no fim da viagem. Gostei muito da cidade virada para o rio. O chauffeur do hotel queria-me pôr num centro comercial qualquer, mas quando ele passou pelo Mercado Municipal, percebi que era aí que eu queria sair. Gostei imenso, fartei-me de passear e vi o mercado do peixe (em Nova Airão tínhamos comido tucanaré e piracuru) e aquele porto com o movimento bem vivo. E claro que vi o teatro, não tivesse eu como filme fétiche o “Fitzcarraldo”.
Quanto a vocês (vocês não, você, Ricardo!), só tenho a dizer bem. A rapidez das respostas aos meus multiplos mails – e sempre esclarecedoras – fizeram que eu me decidisse a partir. Doutra maneira não o teria feito, visto a distância e o dinheiro a dispensar. Mas foi bom o aspecto participativo na construção da viagem. E o cômputo geral foi magnifico. Obrigado pela sua paciência e ajuda.
Junto 4 das dezenas fotos que fiz para você ver (o Pedro em todas e uma minha no fim, feliz da vida, sem vontade de regressar).
Um abraço, Ricardo e obrigado pela sua valiosa ajuda (mas vamos mantermo-nos em contacto).
Luis Eduardo