Hotel Saint Paul / Amazon Tupana / Ariaú Towers

Ricardo,
Seguem meus comentários sobre a viagem. Aproveito para informar meu novo e:mail, no ajato. Eu vou cancelar o meu e:mail do gmail devido a muitas mensagens indevidas. Obrigada por tudo.
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Quero elogiar os serviços da Viverde – tudo totalmente em ordem: horários combinados cumpridos, informações sobre hotéis corretas e expectativas sobre os locais, guias, passeios, inclusive sobre o ecosistema, bateram com o que você, Ricardo, nos passou. Ou seja, honestidade gerando confiança.
Sobre o Hotel Saint Paul: limpo, quarto moderno, bom ar condicionado e TV, assim como colchão, travesseiros, tudo novinho. Café da manhã bem variado. Jantamos lá uma noite e a comida estava boa, com preços médios de R$25,00/pessoa. Fica a 3 quadras do Teatro Manaus, onde há uma praça com algumas lanchonetes abertas todas as noites – o que é bom, pois tudo em Manaus fecha depois do almoço, inclusive nos finais de semana.
Sobre o Amazon Tupana Lodge: pousada muito bonita e aconhegante, vista deslumbrante, pessoal muito simpático, comida simples, saudável e boa. Como só havia 3 hóspedes (período de chuva e fim das férias) tivemos atendimento muito próximo (mas parece que é sempre assim). Ficar no bangalô foi uma delícia: espaçoso, rodeado de mata e rio, varanda com rede e espreguiçadeiras. Os passeios foram de excelente qualidade, guias treinados e conscientes (Kennedy, Tari), num local onde a civilização passa longe, onde a falta de energia elétrica (só disponível 1h de manhã, 2h no almoço e 3h a noite, não comprometrendo em nada) permite ver um céu recheado de estrelas que REFLETEM NO RIO! Tem-se então, no passeio noturno de canoa, dois céus (eu nunca havia visto isso antes). Fica um senão quanto à focagem de jacarés: basta pegar e mostrar o bicho – não é necessário esticar e destroncar sua coluna sob alegação de acalmá-lo, visto que isso pode comprometer suas vértebras (alertei o guia, mas ele não deu atenção). Muito bons os passeios por dentro dos igarapés. Adorei a interação com a macaca-barriga Conchita e com o quati Mundi, brinquei muito com eles – umas graças e adoram gente. Parece serem bem tratados. Espero que possam ficar mais tempo soltos e que se construa uma jaula maior para eles. A rodovia para chegar ao Tupana está em reforma, mesmo assim vale o tempo gasto nela, numa Van razoável com direito a música sertaneja em som baixinho. É interessante ver o entorno, os grandes sítios, a vegetação, as vitória-régias, atravessar rio de balsa, etc.. Se eu voltar à Amazônia, vou me hospedar no Tupana, com certeza.
Sobre o Ariaú: o projeto é interessante, a preservação do entorno é elogiável, assim como a alimentação e ambiente que proporcionam aos animais livres, o emprego aos nativos. É um complexo hoteleiro muito grande. É gostoso andar de bicicleta pelos 8km de passarelas fincadas sobre palafitas, a 12 metros do chão, passando pela selva inundada e ladeando praias do Rio Negro (onde há espreguiçadeiras disponíveis) – uma paisagem bonita. O que mais gostei foi de ter nadado com os botos cor-de-rosa (mais de 20), que ficam soltos no rio e vêm interagir com as pessoas que compram o passeio, pelo fato de serem alimentados diariamente pelo pessoal do hotel – experiência inesquecível. Há MUITOS macaquinhos que interagem pela troca de comida. Os guias são muito bem treinados e os passeios são bons.
No geral, fiquei impressionada com a largura do Rio Amazonas, principalmente visto do avião. Eu conheço o Rio Nilo e posso dizer que o nosso é uma imensidão perto do outro. O Amazonas parece um mar – pegamos uma tempestade quando atravessávamos e as ondas formadas atingiram quase 1 metro. O encontro das águas é interessante.
Usufrui pouco de Manaus, mas o suficiente para notar uma cidade mal cuidada. Uma pena, pois deveria ser o cartão de visitas para a entrada na selva. Faltam bons restaurantes. Fui ao Canto da Peixada, que considerei razoável.
Enfim, o pacote da Viverde me permitiu ter uma boa noção da grandiosidade da nossa Amazônia. Recomendo essa agência e, em especial, o contato com o Sr. Ricardo.