Meu caro Ricardo:
Desculpe-nos a demora em enviar nossas observações relativas a nossa estadia em Manaus, mais especificamente no Hotel Acajatuba, programa Curimatã, de 3 e duas noites. Posso garantir a você, que não houve surpresa nenhuma em relação ao que prevíamos antes de embarcar: reiteramos todas as observações positivas que outros hóspedes haviam feito com relação à atenção e competência de sua agência. As reservas efetuadas estavam confirmadas, não houve qualquer contratempo, o combinado foi integralmente cumprido.
A estadia no Acajatuba foi excelente, um hotel com acomodações simples (como convém a um lodge na selva), porém limpas e confortáveis, os guias que nos atenderam (Rodolfo, Prakashi e Cristian) foram excelentes. Rodolfo nos buscou no Hotel no horário combinado, foi extremamente gentil e atencioso durante todo o trajeto de barco até o hotel, não só conosco, mas com uma família de turistas holandeses que fazia parte do grupo, desdobrando-se para dar atenção a todos. Já no Acajatuba, inicialmente fomos ciceroneados pelo Prakashi, nas visitas à comunidade local e aos igapós da região, sempre bem informado e comunicando adequadamente sobre a cultura e costumes locais. Outro guia, o Cristian, nos acompanhou na caminhada pela selva, focagem de jacaré, pescaria e passeios pelos igarapés. Profundo conhecedor das características e técnicas de sobrevivência na selva, deu um show durante essas atividades, nos passando inúmeras informações e nos fazendo vivenciar aspectos relevantes da flora, como propriedades medicinais, cosméticas e alimentícias de plantas, ervas e frutos como o ambé (cipó cheiroso), o tucuman, abio, ingá, cumaru, castanha, anajá, copaúba, bálsamo etc etc…
Não podemos deixar de citar os coadjuvantes dos guias, os canoeiros, como o Daniel, hábeis no manejo das canoas, extremamente simpáticos e sempre presentes para complementar informações e prestar todo tipo de ajuda. Ressalte-se também a acolhida simpática e generosa do caboclo Dorian em seu rancho durante nossa visita, quando tivemos a oportunidade de conversar um pouco mais longamente com ele e sua filha Neibi e conhecer mais sobre a cultura local.
Do hotel, a destacar a atenção sempre correta de todos os funcionários, da recepção às arrumadeiras, do João, o gaudério gaúcho administrador do Acajatuba, e sobretudo a companhia inesquecível, divertidíssima e sempre bem-vinda da Belinha e do Manoel, os dois símios abusados e brincalhões que fizeram do Acajatuba seu picadeiro para toda sorte de estrepolias, para encantamento dos hóspedes.
Não podemos esquecer também a beleza das araras, livres em seu habitat, e a esperteza dos calangos, ariscos e curiosos em suas andanças ao redor do hotel.
Acho desnecessárias citações sobre a beleza e encantamento que a Amazônia nos proporciona, a força e a exuberância do Rio Negro contrastando com a calma e placidez dos igapós Não é necessário discorrer sobre a magnitude da floresta. Gostaria, porém, de fazer coro com quem escreveu a frase: “Ao invés de internacionalizar a Amazônia, vamos amazonizar o mundo”. Conhecer um pouco da amazônia, como o fizemos, é o mínimo que se pode fazer em vida.
Inesquecível. E agradecemos muito à Viverde e ao Acajatuba por isso.
Milton e Dirce.
PS: Apenas como contribuição, de menor importância, recomendamos que o motorista que apanha os hóspedes já em Manaus, quando do retorno, fale também inglês e faça melhor o roteiro de entrega nos diversos hotéis, já que estávamos a 5 minutos, se tanto, do cais do porto ao hotel Brasil, porém fomos os últimos a deixar a van, após mais ou menos 1 hora de percurso para deixar os demais companheiros de viagem. Mas aproveitamos para conhecer um pouco mais de Manaus.
Finalmente, embora não tivéssemos nenhuma expectativa otimista quanto ao hotel Brasil, apenas o mínimo para passarmos uma noite e tomar o desjejum, mesmo assim esteve abaixo do esperado. Quase imposivel tomar banho no box e total falta de atenção e cortesia do staff e do agente de turismo interno. Não recomendo este hotel, ainda que conste como opção do site da Viverde.